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domingo, 18 de dezembro de 2011

Tireoidectomia - a cirurgia - parte 2

Como disse, fiquei aguardando me levarem para o quarto.


Meu esposo estava lá comigo. 
A anestesista chegou, conversou comigo e me acompanhou até o quarto.


Troquei de roupa, coloquei o roupão do hospital e fiquei aguardando o primeiro calmante que eu tomaria. A anestesista havia me explicado que era um remédinho pra colocar debaixo da língua e que me faria dormir.


O remédio é amargo e dissolve na boca. O efeito é engraçado. Eu tomei o remédio, a enfermeira disse que a partir daquele momento não poderia mais levantar da cama.


Eu deitei e meu esposo perguntou se eu estava com sono. Eu disse que não, mas que estava sentindo uma pressão pra fechar o olho, tava pesado... e apaguei. :)


Ah, já vi que algumas pessoas têm dúvidas com respeito a poder ou não realizar a cirurgia no período menstrual. Não tem problema, inclusive a minha foi nesse período, até porque no meu caso, meu sistema nervoso ficou a mil por hora e desregulou tudo.


Acordei horas depois com a minha mãe me chamando. Falei com ela e logo em seguida chegaram pra me levar pro Centro Cirúrgico.
Nesse meio tempo que acordei, antes de ir pro Centro Cirurgico, o cirurgião passou lá também e falou comigo, minha mãe e meu esposo.


Devia ser 16h. Me colocaram na maca, falei com meu esposo e minha mãe, ainda sonolenta e fui. 


Parecia cena de filme ou série. Eu tava com sono ainda, sob o efeito do remédio. E tava deitada de barriga pra cima. Via as luzes do hospital passando. Entramos num elevador, saímos e o maqueiro parou em frente a uma porta dupla e me desejou sorte. Bateu na porta e saiu.


Lá dentro, uma moça simpática abriu e puxou a maca. Entrou logo na primeira porta a esquerda. A anestesista estava lá. Simpática e sorridente. Me colocaram numa cama, se é que se pode chamar de cama, bem estreita. Só dava pra ficar de barriga pra cima, com os braços junto ao corpo. 


Tinham várias luzes acima, bem próximas a mim. Uma outra enfermeira, simpática, começou a conversar comigo enquanto procurava minha veia. 
A conversa era leve, falamos da minha idade, meu casamento, planos pra ter filhos... e apaguei!


Não sei ao certo quanto tempo passou. 


Quando abri o olho novamente, estava voltando ao quarto, e vi de longe meu esposo e minha mãe no corredor, do lado de fora do quarto.


Eles passaram o tempo todo lá. Meu plano não era quarto particular, e enfermaria não permite acompanhante, então eles resolveram passar a noite na recepção do hospital. Mas enquanto puderam, ficaram no quarto comigo.


Me colocaram de volta na cama.


A cirurgia já tinha sido feita.


Eu estava com um curativo no pescoço e um dreno, pra "escoar" o sangue e não inchar.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Tireoidectomia - a cirurgia - parte 1

Voltando de onde paramos: o resultado da Biópsia


Bem, eu voltei na doutora no dia 04/10 e agendei a consulta com o cirurgião para o dia 08/10.


No dia anterior a consulta, nós recebemos o resultado da Biópsia: Inconclusivo! 2 Tumores identificados, mas de resultado inconclusivo... O nódulo foi "promovido" a tumor...


Fomos na consulta com o cirurgião, que foi mais um dos médicos enviados por Deus.


Super gente boa, conversou bastante comigo e meu esposo, (vale lembrar que meu esposo me acompanhou em cada detalhe e cada consulta que era possível. Isso é tão bom, ajuda muito!) e disse que o ideal era realizar a cirurgia. Tireoidectomia total! 


Ou seja, retirada total da glândula da tireoide. :S 
Fiquei um pouco triste, fazer uma cirurgia... enfim, ele nos tranquilizou e informou que era mais prevenção que qualquer outra coisa.


Bem, para fazer a cirurgia, a gente precisa realizar uma bateria de exames pra saber se tá tudo bem com a gente e se poderemos passar pela cirurgia sem grandes problemas. E tem um que é o principal. Esse é o último e precisamos estar com todos os resultados dos exames laboratoriais em mãos. É a passagem por um cardiologista para avaliar o Risco Cirúrgico.


Eu iniciei a saga logo na segunda feira. Agendei o Raio -X, fiz os exames de sangue, e marquei a consulta com um cardiologista para 31/10.


De posse dos exames em mãos, fui realizar o tal risco cirúrgico e o eletro que normalmente pode e é realizado no mesmo dia.


Chegando no consultório eu não gostei do médico. Achei antipático, o oposto de todos os outros que eu tinha ido. E ainda disse que não poderia realizar o risco, porque faltava um exame de urina, e o eletro, naquele consultório, eles só realizavam até as 16h, mas a minha consulta estava marcada para 17:30h, e eu perguntei antes, quando marquei se eu poderia realizar o exame no mesmo dia...


Resultado, tempo perdido e mais ansiedade. Fui caçar outro Cardiologista e todos estavam com a agenda lotada. O plano de saúde que eu possuía era da empresa e seria mudado no início de dezembro pra outra operadora. Eu queria ao menos realizar a cirurgia pelo plano que ainda tínhamos para não ter que passar por tudo de novo, com outros médicos...


Decidi ligar pro consultório do cirurgião e pedir uma indicação de cardiologista. Quando eu liguei, eu fiquei sabendo que a cirurgia estava previamente agendada para 10/11. Eu tinha deixado os exames com a secretária do médico para que ela pudesse dar entrada no pedido de internação junto ao plano.


Fiquei preocupada e feliz. Feliz porque o processo seria ainda pelo plano que eu tinha e preocupada pela cirurgia e porque eu não tinha feito o risco cirúrgico ainda.


Enfim, consegui agendar o risco para a segunda feira da semana da cirurgia, que seria na quinta... 


Esse cardiologista faz parte da equipe enviada por Deus. Super gente boa, atencioso e profissional. Fiz o Eletro e Ecocardiograma também.


Estava tudo bem, e eu poderia realizar a cirurgia!
Na terça eu voltei no cirurgião e ele me deu as orientações para quinta feira. Horário da internação, jejum, etc.


Para esta cirurgia, toma-se a anestesia geral.


No dia anterior a cirurgia, recebi um telefonema da anestesista, mais uma da equipe divina.


Me fez diversas perguntas, todas as alergias (ISSO É MUITO IMPORTANTE) e me falou sobre o cheque. 


A anestesia é paga por fora, direto ao anestesista, e posteriormente o plano de saúde reembolsa uma parte dessa quantia. A minha custou R$ 600,00 e a anestesista me deu 20 dias pra depositar o cheque. 
O plano de saúde dá um prazo de 30 dias pra reembolso, depois da data de entrada do processo. Eu dei entrada 6 dias após a cirurgia. E recebi reembolso de 65% deste valor, uns 25 dias após dar entrada.


Bem, chegou o dia da cirurgia, eu cheguei no Hospital no horário combinado, assinei os papéis e fiquei aguardando me levarem para o quarto.













quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

PAAF/Biópsia da Tireoide

Bem, passado o susto e aos poucos me recuperando do trauma do assalto, voltamos a saga da Tireoide.


Então, vamos ao episódio da Biópsia ou PAAF (punção aspirativa por agulha fina).


Cheguei ao local bem nervosa. Nunca tinha feito uma biópsia.


O sala de exame pra esse exame é bem igual a sala de exames ginecológicos, como ultra da mama, ou exame cardiológico como ecocardiograma.


Tem uma cama hospitalar ao lado de um monitor.


O médico que me atendeu foi mais um que Deus enviou.


Um senhor, além de gentil, simpático e de bom humor.


Antes da punção, ele refez a ultra. GRAÇAS A DEUS!


Com isso ele descobriu outro nódulo do outro lado da tireoide e resolveu fazer a punção deste nódulo também. Sem pedido de exame e sem solicitar autorização do plano. O tipo de médico que leva a profissão a sério, e faz porque ama. Acredito que isso salve muitas vidas.


Ele me disse que faria logo, pra poupar o tempo que poderia ser perdido no tratamento, porque se ele não fizesse naquele momento, eu teria que voltar posteriormente.


Pra conseguir marcar, demorou um pouco e o resultado não é rápido, o que nos deixa mais apreensivos. Demorei uns 15 dias pra fazer o exame e o resultado passou de 20 dias.


Mas antes do resultado da biopsia vamos falar do exame. Não dói. Mas incomoda. Eu não precisei de anestésico.


O processo é o seguinte: você deita na cama de barriga pra cima, engole bastante antes de começar o exame.
Depois pedem que você não engula mais até acabar. E pedem também que estique bastante o pescoço de forma que seu queixo fique bem apontado para o teto.


Eu tive que fazer dos dois lados. Demora em média 1min de cada lado. 


A agulha é introduzida na região do nódulo e o movimento com a agulha é um pouco incômodo, mas sem dor.
É como se estivesse cavando ou algo assim, procurando alguma coisa.
O chato também é não poder engolir durante o exame.
Mas depois disso, não sangra, não dói, não fica marca. Em mim colocaram curativos daqueles pequeninhos de bolinha. Um em cada furinho. Mas em casa, eu tirei e já não dava nem pra perceber o local do exame.




A descoberta do 2º nódulo me abalou bastante. 
Ele tinha o dobro do tamanho do 1º e as características totalmente opostas. 


Na hora eu chorei de susto. Porque se o primeiro, a dra. me encaminhou por conta do tamanho, mas com características de benigno, esse era totalmente pior.


Fiquei tensa com o resultado que não saía nunca.


A consulta de volta a dra. chegou e o resultado da biópsia ainda não estava pronto.
Eu fui mesmo assim e contei a ela o que tinha acontecido.


Imediatamente ela me encaminhou pra um cirurgião de cabeça e pescoço. 


Eu marquei a consulta pra mesma semana, no sábado e graças a Deus, o resultado da biópsia saiu na sexta...

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Uma pausa, um assalto.

O post de hoje nada tem a ver com o meu tratamento do câncer da tireoide.
Na verdade, hoje aconteceu uma coisa que me deixou, sei lá... Não sei mesmo. 
Fiquei desnorteada.


Como eu disse lá no primeiro post, eu trabalho perto de casa, porque queria uma qualidade de vida melhor, com mais tempo pra viver e não só trabalhar.


E eu costumo ir trabalhar de bicicleta. Hoje eu não fui. Era o dia da confraternização de fim de ano no escritório e o expediente encerraria mais cedo.


Acordei bem, em meio a tudo, acordei de bom humor e feliz. Disposta para enfrentar o dia. Pelo menos eu achava isso.


Peguei minha câmera digital, coloquei na bolsa e saí. Antes de chegar ao portão, voltei pra pegar um casaco porque o tempo estava nublado. Dei bom dia pra vizinha do prédio e comentei sobre o tempo.


Andei até o ponto do ônibus. Esperei um pouco. O ônibus chegou, eu entrei, cumprimentei cobrador e motorista com bom dia, me sentei e aguardei o breve caminho que o ônibus faria até o meu destino, um quarteirão antes do escritório.


Esperei o sinal fechar, atravessei a rua, segui pela calçada e fiquei pensando no dia. Como seria o sorteio dos brindes da confraternização, o almoço.


Duas mulheres passaram por mim, indo no sentido oposto ao meu. 


Eram 9h, ou quase... Vi que uma senhora vinha andando também no sentido oposto ao meu e na outra calçada.


Percebi uma moto indo na mesma direção que a minha, com um rapaz e um menininho de uns 7 ou 8 anos no máximo, uniformizado.


A moto ia devagar, como se procurasse um endereço ou coisa assim. 


Não percebi nada de estranho. A moto atravessou a rua e parou no meio da calçada uns metros a minha frente.


O homem desceu. Achei que tivesse encontrado o endereço e que ia tocar a campanhia.


Ledo engano. Ele veio em minha direção, apontou uma arma e pediu minha bolsa.


Era um assalto.


O primeiro da minha ainda breve vida.


Eu não entendi bem o que estava acontecendo naquele momento. 


Era real aquilo? Um cara que levava uma criança me assaltando e armado? A 50m do meu trabalho? Numa rua residencial que costuma ter "velhinhos" simpáticos varrendo a rua, pessoas indo em direção ao ponto do ônibus onde desci, crianças soltando pipa.


Hoje tava vazia, é verdade, mas não deserta. E ele tava com uma criança. UMA CRIANÇA!


Demorei um pouco a entregar a bolsa e ele pediu de novo.


Minha atenção tava toda naquele "cano" redondo apontado em minha direção.


Eu acho que naquele momento eu nem respirei. Entreguei a bolsa e continuei andando na mesma direção, tão surreal aquele momento tava sendo.


Ele imediatamente mandou eu ir pro outro lado. Ele repetiu: pro outro lado. 


Me virei e fui. Chegando na esquina que eu havia acabado de passar, me dei conta do que aconteceu e chorei. Me desesperei. Me assustei. 


Fui até o ponto pedir ajuda. A banca tava aberta, a vida tava lá, normal. Todo mundo seguindo sua rotina...


Pedi a um senhor que me acompanhasse até o meu trabalho. Eu não teria coragem de voltar sozinha. E as chaves de casa e do trabalho estavam na bolsa. E o celular. Eu não tinha como avisar.


Esse senhor que eu me dirigi enquanto chorava sem saber exatamente o porquê, (por causa do assalto, sim, mas talvez por que nada tinha acontecido comigo também. Não sei exatamente...), ele disse que não poderia me ajudar que estava aguardando a sua condução.


Aquelas duas mulheres que haviam acabado de passar por mim, estavam lá e vieram me ajudar.


O marido de uma delas, não sei o porque, parou de carro lá, naquele momento e ela na mesma hora pediu que ele me levasse ao escritório.


Agradeço a Deus pela bondade dessas pessoas. E peço que Deus agradeça por mim, o que eu não pude agradecer...


Ele me levou e esperou eu entrar.


A minha amiga que trabalha comigo, abriu o portão e imediatamente me perguntou o que havia acontecido. Me mandou sentar, me deu água e pediu pra que eu me acalmasse. 


Começou a tentar ligar pro meu esposo. Disse pra eu me acalmar porque tudo ia ficar bem e o mais importante era não ter acontecido nada comigo.


Eu só chorava...


Ela teve a sensibilidade de entender e ao mesmo tempo ser prática.


Ligou e cancelou meu celular, o vale transporte. Pediu que eu ligasse pro banco e cancelasse os cartões. Eu fiz. Sem saber como. 


Eu sei que isso, infelizmente, acontece o tempo todo e não é o fim do mundo. 


Mas pra mim foi uma novidade. E não estou num momento muito tranquilo pra simplesmente pensar que é assim mesmo...




Enfim, avisei minha família que não acreditasse caso alguém ligasse falando qualquer coisa a respeito de mim...


Fui a delegacia acompanhada da minha irmã, fiz o B.O., meu marido veio do trabalho pra ficar comigo.


Enfim, voltei ao trabalho, pra confraternização e pra me distrair um pouco.


Voltei pra casa e quis escrever um pouco pra esvaziar sei lá o que... 


É isso!


Agradeço a Deus pelo livramento. Bens materiais a gente fica chateado de perder, mas isso a gente compra, já a nossa vida, não há dinheiro que pague.


Mais uma vez, agradeço pela família e amigos que tenho e pelo meu marido, que cuida tão bem de mim e sabe me acalmar e me fazer entender a vida. Amo demais!


E pra quem quer que leia esse post, fica a dica.


Sua vida é mais importante. É clichê, mas não reaja. Faça o que tem que ser feito e confie em Deus. E preserve sua família e amigos, que nesses momentos, são eles os anjos que Deus usa aqui na Terra pra nos apoiar.






E mais uma estatística para o noticiário... E vida que segue. 








terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O Nódulo da Tireóide

A descoberta foi muito por acaso.


Marquei uma consulta com a endocrinologista para iniciar um tratamento pra perder peso.
Foi um encaixe, no meio de julho, porque ela não tinha vagas. Passei praticamente a tarde inteira lá, aguardando até ser atendida.
O consultório estava cheio e todo mundo entrava, menos eu. Mas não reclamei. Eu queria muito iniciar um tratamento pra emagrecer. Já estávamos no segundo semestre e começava a corrida pra perder aqueles quilinhos indesejados antes de chegar o verão.


Quando finalmente entrei no consultório, já simpatizei com ela. Loira, magrinha, sorridente. Pessoa "bem resolvida", sabe. E que demonstra amor pela função que exerce. Não parecia  que ela estava ali obrigada, mas porque queria estar ali.
Nunca tinha me visto, mas apertou minha mão, me chamou pelo nome, me deu dois beijinhos de cumprimento e pediu pra eu me sentar.


Fez as perguntas de praxe e os exames também. Um desses foi "apalpar" a região da tireoide.


Ela sentiu uma elevação. E já ligou seu alerta. Achei que poderia ser qualquer coisa de hipo e hiper sei lá das quantas e não dei muita importância. Nada que um "remédinho" não resolvesse. O que eu queria mesmo era algum remédio milagroso pra sumir com minhas gorduras.


Mas ela me pediu um Doppler Colorido da Tireoide. Pediu que eu fizesse naquele momento mesmo, num laboratório de imagem que tinha ao lado do consultório e conseguiria um encaixe pra que eu fizesse. 
Como o exame sai na hora, eu faria e levaria de volta pra ela ver.


Só que o plano de saúde não autorizou, por um erro na digitação do meu cadastro. Eu voltaria em um outro dia pra fazer o Doppler. Voltei nela e ela me solicitou exames de sangue. Me passou uma dieta e um remédio pra ajudar a perder peso. Eu levaria os exames quando retornasse lá.


Saí de lá animada e marquei o retorno pra um mês depois. Comecei a dieta. Levei a sério.
Perdi alguns quilos. Esqueci do exame, fui deixando pra lá, até quase o dia da consulta de retorno. Enfim, fiz o exame. Olhei em casa e não vi o que ela veria... Apesar de estar claramente escrito.


Voltei nela e lá estava ele: Nódulo Hipoecóico Heterogêneo e outras características que não me lembro mais. Ele media 1,5cm.
Ela olhou meus exames de sangue e estava tudo normal.


Então ela me disse: "Por causa do tamanho, não vou poder te livrar da biópsia. Seus exames estão bons e então precisamos avaliar melhor do que se trata, porque é um nódulo de tamanho considerável."


Tamanho considerável???? 1,5cm é insignificante! Biópsia????? Pra que meu Deus?


Isso tudo passou pela minha cabeça na hora e ela continuou a me explicar. 
(Biópsia eu lembro logo do Dr. House e sua implacável agulha! ;P)


Me explicou que era um exame simples, mas que através dele saberíamos se era maligno ou não. Que as características aparentavam que era benigno, mas só o exame traria certeza.


Benigno???? Maligno??????  Tudo tava ficando esquisito...


Me indicou uma clínica e pediu pra marcar logo, porque era difícil marcar e o resultado demorava de 15 a 20 dias. Quando estivesse com o resultado, que voltasse nela.


Eu tinha ido lá pra mostrar a ela que tinha feito a dieta, tinha emagrecido, queria saber o próximo passo e aí saio de lá com essas palavras rondando o pensamento.


Biópsia, nódulo, maligno, benigno, tamanho... 





segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A motivação

Não sei exatamente por onde começar...


A ideia não é um blog pra coisas "tristes", mas confesso que a motivação veio de uma coisa triste. 
Mas falar disso é só uma forma de expressar um pouco alguns dos diversos sentimentos  pelos quais passamos nesse momento e mais do que isso, compartilhar com outras pessoas, outras moças e moços com sorrisos abertos. :P
Também espero manter o Blog depois que tudo passar, pra que a motivação seja ainda maior pra outras pessoas.


Um pequeno e breve resumo nesse post, pra depois entrar em detalhes dessa jornada.


Às vezes penso se não sou egoísta, porque existem pessoas em situações bem mais complicadas que a minha, só que ao mesmo tempo, acho que seria egoísmo não compartilhar.


Vamos aos fatos:


Me chamo Rafaela, tenho 25 anos, sou muito sorridente e dificilmente fico de mau humor.
Considero que sou uma pessoa mimada, e quando as coisas não saem exatamente como quero, fico, digamos, estressada. Acho que é normal. Também levo muita coisa numa boa.


Me casei em 04/09/2009. Foi um casamento lindo. O mais lindo do mundo. E o início de uma vida a dois mais linda ainda. Meu amado esposo é muito mais que isso. É meu companheiro, meu cúmplice, meu amigo. Um ser humano admirável que sabe lidar tão bem com as situações e surpresas da vida, que me inspira. Eu o admiro demais. É o meu anjo.


Faz 2 anos e 3 meses que aceitamos o desafio. E eu acredito que estamos indo muito bem.



Faço faculdade de Administração e exerço a função, ou quase, em um escritório de engenharia elétrica.


Eu prestava serviço pra uma multinacional. Gostava bastante. Do ambiente, das pessoas, do trabalho também. Era corrido demais. A responsabilidade era grande, e a cobrança maior. Mas isso não era problema. O problema era ser tão distante de casa e me deixar tão cansada...
Abri mão. Nunca tive medo de arriscar. A gente questiona e pensa: "E se"... Mas medo, não.


Hoje meu transporte casa x trabalho / trabalho x  casa é uma Bicicleta Monark Vermelha.


Amo dormir... Acordava antes das 7h. Agora eu acordo 8:30h... às vezes, porque o soneca toca às vezes até 8:45h... :)


Tenho uma família que amo demais. E a minha família herdada com o casamento também, que já considerava família desde bem antes.


Tenho também amigos muito queridos... Uns bem pertinho, outros um pouco perto, outros um tanto distantes, mas amigos indispensáveis.
E tenho um Pai, sobre tudo e todos, que amo, confio e tenho fé. Deus é o meu maior porto seguro.


E sou feliz. Muito feliz.




E fui diagnosticada há exatas duas semanas com Câncer de Tireoide. 
Que foi a "triste" motivação para o blog.


Espero, nos próximos posts compartilhar cada momento dessa "saga" e poder ajudar e tirar dúvidas de quem esteja passando por isso também.